QUE DRAMA!

 

                                           

   Desde que resolvi criar um grupo de teatro aqui no Etec Ciep 394, que é o novo nome da escola onde trabalho, minha luta parece que dobrou quando vou lidar com os "queridos aluninhos" do Ensino Fundamental e às vezes do Médio. As aulas de teatro não são mais do que uns momento de leitura dos scripts das peças e a tentativa de fazê-los se entrosarem com o contexto da trama. 

      O mais difícil disso tudo é quando eles não conseguem se manter alheios a tudo que é externo ao trabalho com o texto e montagem da encenação, o que exige concentração e dedicação, passando por expressão facial e corporal. Muitas das vezes, os alunos se mantém inertes quando da leitura das falas do script, o que praticamente impossibilita de ensinar a eles como representar uma cena em que sentimentos devem ser expressados com gestos e semblantes de acordo com a emoção do momento. Além disso, ainda tenho que controlar as emoções deles próprios com os seus colegas com quem estão contracenando, pois do nada pode haver um surto de agitação entre eles e que pode acabar em confusão. Depois de muita insistência, consigo fazer com que eles leiam as falas.

    Ao longo das semanas, os ensaios seguem à risca na medida do tempo disponível para tal, consegue-se e aos poucos vamos chegando à memorização das falas para que um certo dia, ainda não prontamente agendado, possamos realizar nossa "premiere", a primeira apresentação ao vivo para uma plateia ansiosa de fruir arte cênica e dramática.